domingo, 4 de setembro de 2011

Balance at 3:00 am

Achei que pudesse ignorar sentimentos que eu só aprendi a "não gostar", por que digamos que até o ódio, é algo que eu não consigo sentir. Camuflo tudo aquilo que eu sinto, fazendo piada de tudo.

Quando me perguntam sobre os textos de amor que eu costumava a escrever no blog, ou até mesmo, textos que eu escrevia para eu mesma, eu digo que não tem por que escrever sobre amor, ou sobre o que ele se tornou para mim.

Tempos atrás, eu achava que o amor era o melhor sentimento que existia. Ficamos igual idiotas tentando entender por que tal sentimento nos faz mudar o olhar, o jeito de falar, os batimentos do coração quando vemos a pessoa amada, etc.

No meu entendimento, o amor é ver sua felicidade refletida na pessoa que se ama. Fazer de tudo, largar tudo e ir sem rumo até onde não se sabe, ou até onde não foi apresentado. Ser o que você é, sem fingimentos ou teatro. Afinal, o legal é tentar desvendar por que o amor é indecífravel.

Meses atrás, eu comecei a desprezar o amor, e a suas consequências. Havia me esquecido de que nem sempre que as coisas são como queremos ou planejamos. Tudo acontece por uma razão. E tudo aquilo que eu sentia se tornou frustração, raiva e principalmente saudade.

Nesses meses que passara, eu me exclui, fiquei bem mais reservada do que eu fora.
Não é questão de não sentir, é medo de voltar a sentir. Vivenciar tudo de novo, e no final, ficar pensando no que poderia ter sido diferente, no que foi feito de errado, ou voltar a ficar com o coração em pedaços.

Com tudo isso de volta, me assombrando, me cobrando expor todos esses "demônios", resolvi não tocar mais nesse assunto, pelo menos, não agora.

É preciso encarrar todos esses "demônios" dentro de mim, antes que eu encarre tudo de frente. Não é vaidade, orgulho, drama, e muito menos pretensão em ter atenção, ou ganhar algo, e sim, buscar o que eu ainda não sei. O equilíbrio interior.

Tudo que é bom, demora. Uma boa comida, uma boa festa, um bom show, um bom sexo, uma boa reza, e claro, por que não um amor? Como já dizia o poeta: "É impossível ser feliz sozinho".

"Não estou feliz comigo", essa frase de quatro palavras me mostrou aquilo que muita gente não vê. Não me refiro a pneuzinhos, dinheiro ou problemas , mas sim, a nós mesmos. Um espelho interior, que é exatamente o que eu preciso fazer.

O primeiro passo é admitir. Não pretendo mudar, mesmo sabendo que a mudança é necessária para conhecer inclusive, o que eu não sei.

Deus está dentro de você, como você.