quarta-feira, 27 de novembro de 2013

o que não se guarda na caixa

As primeiras mulheres de um escritor são mulheres invejadas. Os primeiros adjetivos as descrevem, as primeiras narram o romance, as primeiras declarações falam do amor que a pessoa que está escrevendo sente por elas. Mas conforme a pessoa que está escrevendo  e seu ofício de escrever, as coisas vão envelhecendo, as coisas vão mudando. Os adjetivos rareiam tal qual nosso cabelo aqui na lateral, perto da orelha e as declarações ficam mais esparsas, até que uma mulher descobre que era tudo mentira e que namorar alguém que não tem lá essa graça toda. E do mesmo jeito que um humorista que chega em uma festa e é intimado a contar piadas, é esperado de nós, por parte das relacionamentos afetivos, textos quase que diários. No mínimo semanais, quando o trabalho nos aperta o pescoço. E quando não escrevemos hoje com a frequência que escrevíamos àquela época, as idéias na cabeça dela pulam que nem balões de pensamentos desenhados pelo Maurício de Souza. E as divagações sobre a falta de constância literária-amorosa são muitas, quase nunca verdadeiras. Como aspirante a escritora, escrevo menos pois amadureço, e o que antes era uma diversão livre, agora vem se tornando um ofício. Não vou dizer que é um sacrifício escrever, longe de mim, é até muito fácil, mas não é mais uma brincadeira de adolescente. E com tantas obrigações de criar textos e conteúdos diversos, uma carta que antes era escrita em um tempo vago, para aprimorar o estilo, hoje não mais o é por estes motivos, pois o estilo é aprimorado para pagar as contas, e o tempo vago não passa de uma longínqua lembrança dos tempos de criança. E acabei e acabo, pelo menos, com medo de escrever um texto de amor, pois não quero que aquele texto seja mais um texto qualquer o qual eu me obrigo a escrever. Caso fosse esta a verdade, ninguém perceberia a diferença. Eu seria capaz de escrever uma carta de amor para qualquer criatura deste planeta, e quem lesse me acharia a pessoa mais apaixonada dos apaixonados. O treino constante traz isso. Mas para a mulher que eu amo eu não quero isso. Não quero um texto “profissional”. E acabo não escrevendo. E como mulher, escrevo menos pois já não temos necessidade de auto-afirmação como tinha quando era criança. Não é mais prioridade desfilar um talento em longas e sofridas cartas de amor. E no meu caso específico, escrevo menos para a mulher que eu amo porque aprendi, com o tempo, que uma carta de amor nada mais é que um texto como qualquer outro. Não é prova de amor. Não para alguém que poderia muito bem fazer uma “profissionalmente”. E mais que isso, aprendi também que amor não se prova com flores, nem cartas nem textos. O amor adolescente sim, se prova assim. O amor maduro se prova quando você se pega discutindo com ela os cachorros que vocês terão quando se casarem, já que ele tenho medo de cachorros grandes (e pequenos também). O amor se prova ficando na chuva, pois o guarda-chuva dela é pequeno, e não queremos que ela molhe os pés. O amor se prova quando você para para pensar e quase desiste do sonho de morar em uma casa com quintal, já que a segurança não anda aquelas coisas. O amor se prova quando você perde, de uma hora pra outra, a mania que tinha desde os cinco anos de idade, de arranhar a calça jeans com as unhas fazendo barulho, porque ela tem nervoso como gente que tem nervoso de unha no quadro negro. E o amor se prova, principalmente, quando umaescritora não usa sua habilidade de trabalho para fazer uma carta só pra agradar, só porque ela pediu ou só para os outros verem. Cartas ficam guardadas em uma caixa velha e empoeirada, e podem ser encomendadas a qualquer escritora de meia tigela como eu por aí. Mas o resto, o resto não é o que fica em caixas nem o que está nos cadernos: o resto é o que faz você pensar na casa, nos cães, na unha na calça jeans e, acima de tudo, quando mesmo pensando assim, você para seu trabalho e escreve um texto pra ela, como eu estou fazendo, só pra ver ela sorrir com mais intensidade amanhã. Isso sim, é amor.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Carta a quem já foi muito importante pra mim

Tava aqui hoje mexendo numas coisas e achei umas fotos nossas num álbum de Natal que você me deu. Tanta história contada em páginas criadas por você num tanto de tempo atrás que parece que já passou foi muito tempo. Bateu saudade gostosa, sabe? Nada daquela saudade possessiva ou que clama pra entrar numa máquina do tempo e bater na tua porta feito a primeira vez. Você tá sendo uma lembrança boa de alguém que foi muito importante pra mim. De um amor que foi amor, sim, mas acabou. Acabou e eu te guardo com carinho nos traços, nos quartos, no jeito de rir que eu peguei de você. Te guardo nas formas de redecorar as folhas de caderno, de olhar as vitrines da loja e de sair das mesmices. Cê me tirava da monotonia de um jeito fácil demais, e eu nem desconfiava que era planejado. Também não dava pra suspeitar porque olha, se tem um coisa que me faz falta, é aquele sorriso espaçado com uma brecha entre os dentes do qual eu tanto sorria. Sorria de você sem confessar que eu bancava a boba pra te ver feliz. Você foi aquela história bonita que eu vou contar pra todo mundo. Vou lembrar do teu nome no meio da noite e te ligar, se não for incômodo, pra bater um papo e brincar de reaquecer o passado no forno. Mas sem aquele desespero de querer de volta ou de escrever recaídas tortas na portaria do teu prédio. Só sinto mesmo um gostinho de doce na boca quando abro as vogais do teu nome e faz bem adoçar a língua com as memórias boas de você. Cê sabe que eu ainda guardo tudo que foi da gente? Guardo com afeto e sem ressentimento. O amor-superado bate à porta como um velho amigo e eu me preocupo tanto com você ainda que no fim do dia eu me pergunto se você tá feliz. Tá feliz? Se não tiver me liga e vem pegar uma praia comigo que isso vai te por nos eixos e te lembro que ainda vai aparecer alguém pra lembrar você, pra justificar o porquê de você não ter dado certo com ninguém até agora. Me liga e vem tomar um açaí comigo pra gente trocar umas confissões como dois melhores amigos, mesmo que isso alimente receios dos outros que insistem em dizer pra gente que o nosso problema é ter deixado ponta solta no fim da história. Bobagem deles. No meio das confissões e dos nossos tórridos e complexos segredos, já deixamos claro um ponto final ali no meio. O que a gente sente pela outra é carinho agora. E eu acho tanta graça quando a gente percebe que num mundo como esse ainda tem gente que não sente essa saudade boa do passado. Essa coisa gostosa de respirar aquele ar gelado e se lembrar do mar. É tipo isso que eu sinto quando lembro do teu nome às vezes, quando passo por lugares que você costumava a passar. Me faz um bem danado te encontrar de meses em meses mesmo que a gente não tenha trocado uma palavra nesse meio tempo. Porque eu reconheço que tem tanto de ti em mim e tanto de você e de mim escrito por aí que deixar de te levar comigo seria o mesmo que dispensar as coisas todas (boas, ruins e indiferentes) que aprendi junto de você. Por isso é que eu te convido no meio da madrugada pra jogar um ping-pong à beira-mar. Pra bater lá na casa de uns amigos nossos e chegar de surpresa e causar espanto em todo mundo que tiver por lá. Por isso que eu me preocupo de vez em quando e apareço perguntando se você tá bem. Eu espero que esteja, sempre. Por isso que me pergunto a quantas andam tuas viagens por Saturno, Netuno, Plutão, e se você precisa de ajuda pra voltar pra Terra. Se tiver pendendo no espaço e te faltar oxigênio, me chama por aí que eu apareço pra te ajudar a realinhar os teus planetas. Porque eu tenho a certeza de que a gente pode não ter sido o caminho certo, mas o nosso passado-guardado fez da gente bússola um do outro.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O que você nunca soube.

Nunca gostei de muffin de banana. Aliás, eu nunca gostei de nenhum daqueles bolinhos malfeitos da cafeteria que você gosta de ir. Mas eu vou com você só pra ver você sujando os lábios do chantili. Pra ver seus dedos se sujarem do sorvete ou da calda do brownie de avelã e poder olhar pra você levantando a mão len-ta-men-te até a boca. Você nunca soube que eu tenho um lugar preferido ali – e só é preferido porque é nosso. Que quando o sol bate levemente no seu rosto e que parece sempre a primeira vez que eu te vejo quando o seu rosto se ilumina e você leva o dedo sujo à boca. Que você parece uma criança feliz e que toda insegurança do mundo vai embora naquele momento. E nem é nada demais. É só que o mundo com você é mais seguro. Eu gosto mais dos cinco minutos com você nos lugares que ficamos. Conversando ou dormindo mesmo. A sua mania invasiva de colocar o peso das pernas, e não o do mundo, em cima de mim é reconfortante. “Você nunca vai estar sozinha” é o que o seu corpo me diz. A respiração pesada e nada ritmada me deixava assustada e eu já passo noites sem dormir pra garantir o seu sono bom. E nem é nada demais. É que você é meu sonho bom, e eu nem preciso estar dormindo pra isso. Quando a gente discute sobre a minha música favorita do Queen, ou sobre a calça amarela que eu vou usar em alguma festa, ou sobre o tamanho da sua roupa e a cor do seu cabelo naquela idade, eu só sei discordar. É que você precisa sempre de um contraponto pra argumentar comigo, e me mostrar que a sua inteligência teria me atraído ainda que eu não pudesse ter visto nenhum dos seus sorrisos, o que seria uma pena. Eu te deixo irritada porque, na verdade, eu sou um garota de doze anos num corpo de um mulher. O salto agulha é só disfarce pra não entregar de bandeja que você me desorienta. E que não tem manual de instruções, nem meu, nem seu. Que dê jeito nessa desconstrução de rotina gostosa que a gente tem e mantém. E nem é nada demais. É que com você eu sou eu e mais mil outros eus. Que é pra te agradar e te contrariar. Pra tentar ser tudo o que você precisa em mil e uma noites. Que os meus melhores textos são sobre você, e que as minhas maiores confissões envolvem o que é nosso e o que ninguém mais sabe. Nem você mesma. Você nunca soube que eu mato as saudades te guardando em caixas. E que o meu armário é montado com partes do que a gente é e vive. Que eu sei o seu cheiro de cor e salteado. Eu sinto de vez em quando no meu quarto. Mesmo que você não esteja lá. Você nunca soube que eu sempre te trago pro presente. E não há passado que realmente tenha passado e te deixado pra trás. Que a minha linha do tempo só trata de você em modos únicos e imperativos. E que não há pedido ou ordem que tire o seu lugar suspenso do tempo na minha história. Que eu te resgato em tudo: desde as fotos aos cheiros. Desde as cartas que eu escrevo, empilho e não envio. Desde os sorrisos repuxados pelos cantos, espaçados no acaso, que são mais involuntários do que aquilo que eu sinto por você. E cada sensação minha tem um pouco de você. É que você sempre me dá nó. Um dia você me perguntou “como vão falar de amor sem mencionar nós?”. E me disse que eu nunca chegaria a uma definição exata, nem parcial de definição alguma. O que você nunca soube é que eu escrevi essa carta pra falar de amor. E acabei não achando um jeito melhor do que falando de nós.

domingo, 10 de novembro de 2013

Ame

Ninguém nasce sabendo andar. Dizem que eu, sempre boa entusiasta da mansidão da vida, demorei cravados doze meses para começar a cogitar a penosa possibilidade de levantar minha bela bunda cheia de talco e Hipoglós dos aconchegantes colos que me embalavam tão maternalmente. Quando levantei, é claro que não foi lá essas coisas: faltava coordenação, faltava atenção, faltava concentração, faltava disposição. As pernas curtinhas não se entendiam muito bem. Não se movimentavam no mesmo ritmo. Acabavam, hora ou outra, sempre dando um jeito de derrubar aquele belo bebê bobo no chão. E quantos tombos. E quantos choros. E quantos risos. E quantos roxos. Muitas quedas mais tarde, finalmente comecei a ensaiar passos mais ajustados, sincronizados, alinhados, bem treinados. Vez ou outra, a euforia e autoconfiança infantis obviamente ocasionavam alguns pequenos tropeços esbaforidos e às vezes até grandes e constrangedoras quedas disfarçadas pelos sorrisos amarelos de quem já não tem mais idade para cair. A verdade é que até hoje eu caio de vez em quando. Aprendi a rir das minhas quedas, mas é natural que algumas ainda causem dor. O importante é que agora eu ando. Corro se quiser. Pulo se quiser. Pulo numa perna só se quiser. Planto bananeira se quiser. Até encosto o pé na cabeça, acredite se quiser. E aprendi que com o amor também é assim. Aprendi empiricamente, usando aquele mesmíssimo método de quedas com o qual entendi as lições do andar. Aprendi que como em quase tudo na vida, no amor, é a prática que leva à perfeição. Ou à imperfeição, já que é ela quem traz tamanha graciosidade a essa energia linda que chamamos de amor. Aprendi que não adianta você tentar amar certinho logo de cara. Tem que amar errado mesmo. Assim meio desajeitado. Assim desconcertado. É amando desse jeito esquisito que aos poucos você vai aprumando o passo. E o laço. E o compasso. E o abraço. Há pouco tempo em conversa com alguém enriqueceu muito a minha vida, acabei escutando "aprendi muito com você, você me deixou uma pessoa mais sensível". Isso por que, consegui errar muito com ela, e eu acabei me surpreendendo com isso, afinal, sentir as coisas é difícil. Dizem por aí que ninguém aprende nada com os erros alheios. É que cada um tem seu jeito de amar. Por mais que você ouça os conselhos mais bem intencionados, leia as mais românticas histórias já inventadas ou vivenciadas por terceiros, consuma todo o conteúdo desse blog apaixonado, ouça música sertaneja no último volume com um pote de sorvete nos braços ou assista muita novela mexicana reprisada, nada adianta se você não treinar. Entende de uma vez por todas: é amando que se aprende a amar. Sempre tive raiva de gente mesquinha. Gente que economiza amor, então… Por estes guardo imenso rancor. Gente que diz que tem medo. Que ela não merece. Que não vale a pena. Que não é a pessoa certa. Entende, amado: não precisa ser. Treino é treino, jogo é jogo. Ama. Nem que seja só um aquecimento. Só uma pelada de final de semana. Só um gol a gol de quinze minutinhos. Mas ama. Quem ama mais, ama melhor. E você nem imagina como são felizes os bons amantes. Não se torne menos amável após um desamor. O mundo precisa de gente disposta a amar. Compreende que amores passados são treino para os grandes e verdadeiros amores que estão por vir. Ri deles. Percebe que o amor não é bem finito. Você não precisa poupar. Ele se reproduz mais do que os lactobacilos vivos daquele iogurte estranho que você graciosamente insiste em ainda tomar. Então ama. Ama, porque sempre vale a pena. Chama de amor mesmo. É curtinho. É bonito. É sonoro. Não precisa dar rótulo, nome, sobrenome, registrar nem reconhecer firma. Só ama. Uma hora, depois de tanto treinar, do mesmo jeito que você aprendeu a andar, vai aparecer aquela outra perna disposta a te acompanhar que caminha no mesmíssimo ritmo que a sua. Vocês vão cair, vão tropeçar, vão levantar. Vão se coordenar, vão se organizar, vão caminhar. Vocês vão, enfim, se amar.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Gramática, vá se foder!

Te amo. Perdoe o erro gramatical. Eu sei, eu aprendi na escola, no cursinho, na faculdade, nos livros, na PQP que não se inicia oração, frase, período com a porra do pronome oblíquo átono, mas não há outra frase que eu posso utilizar para expressar o que sinto. OK, eu poderia falar “amo-te”, mas seria certo demais e desta vez, pelo menos desta vez, eu não quero ser certa em nada. Cansei. Sim, eu cansei de ser a menina certa que faz tudo certo e que todos admiram por isso. Desta vez eu quero errar, quero mergulhar no mar que eu sempre evitei, quero rasgar a cara, quebrar os dentes, tudo para que você saiba o quão importante é pra mim. Eu lhe evitei em tantos planos, te engoli entre meus prantos, mas parece que você quer rasgar o que em mim está entalado há tanto tempo. Parafraseando uma música linda do Teatro Mágico, “você me bagunça, tumultua tudo”, não tem como fugir. Eu juro que tentei. Sério. Eu sempre fui “fortona”, não é? Sempre quis ser mais teimosa, não é? Mas você me faz perder as rédeas de mim mesma e eu não sei como proceder. Olha, por mais que eu insista em não admitir, eu lhe amo. Não você não leu nenhuma asneira, eu não fumei, não bebi e muito menos inalei alguma coisa. Você sabe que eu sou uma cuzona para tudo isso, que eu acho tudo muito careta e que vivo mais sóbria que qualquer pessoa do mundo. Mas ultimamente eu ando assim, “bêbada de amor”, por mais que ache essa expressão ridícula, incoerente, melosa e fora do meu padrão, eu me sinto assim. Porra, o que aconteceu comigo? Não querendo te culpar, mas já culpando, isso é tudo por sua causa. Você deve pensar que é mentira, que eu nunca ligo pra você, que eu to sempre nem ai, que sempre sou fria. Mas parece que as coisas mudaram. Se eu não te procuro é porque tenho medo. “Mas medo do quê?”, você deve se perguntar. Eu tenho medo de você me ignorar, medo de ter medo, medo de perder, medo de ter passado tudo, medo de ser coisa da minha cabeça, medo de não poder corresponder com tudo que acho que sinto e por isso não falo. Não falava porque era melhor guardar, mesmo que doesse, mesmo que eu sinta coisas maravilhosas e tenha vontade de gritá-las nua, correndo pela paulista, eu as guardava. Por isso eu peço, não ria, ok? Não me faça mal, não deixe de me procurar porque quando isso acontece meu coração vai de 0 a 100 mais rápido do que qualquer motor 2.0. Lembra aquela vez que você sonhou com a gente e disse que não importava o que viria pela frente? Cara, eu sei que você não deve se lembrar disso, mas eu lembro e daria tudo pra voltar naquele dia e ouvir isso de novo. Ou quando você falou que me amava pela primeira vez no telefone, sei lá, todas as borboletas do mundo passaram no meu estômago naquela hora e você nem imagina… Ou de quando seu nome me perseguiu naquele dia e você me disse que era “destino”, eu espero que isso tenha saído do fundo do seu coração e que ainda, acredite em nós. Eu não quero te prender, mas gostaria que você soubesse que eu sempre vou estar aqui, no que você precisar. Sou uma das pessoas que mais torce pelo seu sucesso, por sua felicidade. Não importa o que vá acontecer eu quero você bem, quero você feliz. Se for ao meu lado a minha felicidade fica completa, mas eu mudei, não quero ser egoísta, to pensando apenas em você. Viva, viva e seja feliz como mais que merece. Se isso não lhe agradar, desconsidere. Finja que não leu de descarga, sorria e segue a vida. Só quis avisar, gritar o que mantinha em silêncio. E é isso: de onde eu vim, sentimentos são inexplicáveis, mas explicam todo o resto. Amor é um sem sentido sentir e dar sentido a tudo. E este tudo, agora, é você. Juro. 
E que os gramáticos me perdoem, mas eu preciso falar mais uma vez, mesmo que erroneamente: te amo.