sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Trabalho de Conclusão de Curso

Se você está na universidade - assim como eu- ou conhece alguém próximo que é ou já foi um universitário, compreende o valor da abominável sigla: TCC. TCC é o universo, é tudo. O resto é absolutamente nada. Estudante, você é um nada, uma ameba, um ninguém perto de um TCC. O Trabalho de Conclusão do Curso é a greve de existir ou de rebeldia do jovem universitário. Fazer um vestibular concorrido ou qualquer exame final parecer um feriado prolongado. O TCC é a TPM do Ensino Superior, a cadeira derretida do inferno, a desculpa e concretização para não se realizar mais nada. Não se vive com um TCC. A monografia final da graduação é a fita azul -ou verde- que enrola o canudo, é a provação constante para enaltecer o diploma, é o que separa nós, relis mortais, do céu. Na teoria, o TCC parece ser fácil. Escolher um tema, depois juntar o material de pesquisa, atender (e entender) os conselhos de um professor orientador e, então, escrever 80 páginas. O fim nunca chega. No momento de escrever as idéias no computador, o último semestre demora mais quatro e o pânico fode as letras do teclado como um vírus. O TCC é o Amargedon do universitário, o exílio solar, a solidão noturna. É o post-it de suicídio prolongado em livro. É o mesmo que receber ao mesmo tempo a notícia de gravidez e esterilidade. Não se é humano com o TCC. É um crime ter diversão, tomar um pouco de ar, esfriar a cabeça, brincar durante o momento da monografia. A expectativa de resolver um problema da vida profissional a partir de uma monografia acadêmica vira um problema. O futuro ganha o sinônimo de "TEMPO ACABADO". A esperança tem o subtítulo "ANOTA AÍ, ANOTA QUALQUER COISA, POR FAVOR, ME AJUDA". O sujeito não tem mais passado, mas se torna "REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA". Não existe mais uma misera lembrança, e sim "FONTE". Muito fácil reconhecer o fodido que tá pra se formar na universidade na rua. Anda devagar, não tira os olhos dos cadarços soltos do próprio tênis, rosto maltratado, remela nos olhos, roupas sobrepostas de quem se acordou agora e pegou as primeiras peças pela frente. Vai se irritar fácil e terá uma dificuldade de entender a lógica do idioma. É um poço de culpa, ou porque não dormiu para produzir, ou porque dormiu e não produziu. Algumas respostas básicas de um universitário produzindo o TCC: Tá namorando? – Não posso agora, tô preocupada com o TCC. Vamos tomar alguma coisa e pôr o papo em dia? – Não dá, tenho TCC pra fazer. Que tal Ibira no domingo? – Nem pensar, estou com o TCC parado há umas 10 horas. Churras de noite? – Nem fodendo, estagnei no TCC. Saiu um filmaço no cinema. Partiu descontrair um pouco? – Não vai rolar, tô atrasada pra caralho com o meu TCC. Onde você está? – Arrumando uma posição confortável pra escrever o TCC. Você leu o texto da Mariz sobre TCC? – Não, só leio o que é referente ao TCC.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Que haja amor

Desejo, do fundo do meu coração, que não lhe falte amor. Seja próprio ou de terceiros. Seja para enviar ou receber. Que haja amor, meu bem. Sempre. E tudo o mais será coadjuvante, inclusive os problemas insuportáveis. Que haja amor já no seu café da manhã. Que ela lhe prepare, com carinho, aquele suco de laranja batido com gelo que você tanto gosta. Que haja amor nos abraços de despedida, de arrependimento, de conforto e de afago. Que haja amor quando você pensar em desistir. Que ele lhe faça tentar um pouco mais e de novo. Que haja amor para que você aja mesmo cansada. Que ele seja o combustível para você seguir adiante. Que haja amor em todos os beijos, porque beijar virou normal entre as bocas. Mas com sentimento é diferente, capaz de tocar a alma e reviver um coração que já não queria mais pulsar desse jeito. Que haja amor para te fazer esquecer os machucados que amores passados causaram. Que o novo seja melhor e maior que o antigo. Que ele revigore cada célula do seu corpo e te encha de vida novamente. Que haja amor para te mostrar que corações são capazes de sarar. Que haja amor ao dormir. Que ele invada seus sonhos e te faça voar. Que haja amor ao despertar e ao sair da cama na manhã fria. Que haja amor em todas as ocasiões dos seus dias. E, principalmente, que haja amor forte o bastante para te fazer voltar.

Peixes

Nem perca seu tempo pedindo que ela não vá àquela festa. Ela vai independentemente de sua vontade. Ela é dona de si, das suas escolhas e vontades. A afronta não é por mal, meu bem… Mas receber ordens (ou algo que se assemelhe a elas) é inaceitável. Eu sei o que você sentiu quando a viu pela primeira vez. Também sei que isso só aumentou com a primeira conversa. Ela envolve, prende, domina e a gente nem percebe que está caindo nessa. Ou, se percebemos, nem ligamos, porque ela é tudo isso. Ela não é muito de amar. Nunca me contou as histórias por inteiras, só sei que resultou numa mulher linda com um medo enorme de se envolver. Aliás, de perder o controle. Ela precisa ter tudo sob seu comando e emoções estão em um campo que ela ainda não aprendeu a coordenar. Mas, quando ela ama… Se você conseguir chegar no ponto em que ela ama, cara, você é uma pessoa de sorte. Elogie-a sempre. Diga o quanto está bonita e cheirosa – ela sabe retribuir bem, seja com palavras ou ações. Será sua melhor companhia. E vai te proteger de tudo que puder, com garras e dentes. E prepare-se para o sexo, porque ela é daquelas que gosta mesmo e não tem nenhum tipo de vergonha em admitir. Não vê tabus, mas oportunidades. Entretanto, também preciso te avisar que, não importe o quanto ela a ame, ela sempre virá em primeiro lugar. Não que você seja “só mais uma”, mas acontece que ela é de Peixes. Ela é um tubarão. E com tubarão não se brinca.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

O amor não se resume apenas em amar.

Amor de verdade muda a vida da gente. Reconstrói, incendeia, engrandece. Eu compro o maior clichê da humanidade e sou a primeira a bater no peito e dizer isso em alto e bom tom para quem quiser ouvir. Mas diferente de todos os outros textos que já escrevi, este especificamente, não é uma ode ao amor em si. É uma leitura direta e racional do que existe por trás do sentimento mais sublime que existe no mundo. O amor é absurdamente transformador, no entanto ele sozinho, infelizmente não consegue fazer milagre. Para qualquer relacionamento realmente dar certo, um monte de outros sentimentos sólidos precisam amparar a base desta parceria. A fundação da casa é muito mais importante do que o telhado colonial ou a maçaneta importada da porta. Porque quando o primeiro furacão balançar as estruturas deste abrigo, só permanecem de pé os abraços muito bem fundamentados. Colocando por terra a maior ilusão da vida da gente, o amor, só o amor, por maior e mais verdadeiro que ele seja, lamentavelmente não sustenta relacionamento de ninguém. O que eu conheço de casais que se apegam a esta fantasia definitivamente não está no roteiro. Eu mesma quando há tempos atrás adorava justificar a permanência em relacionamentos doentios com o bordão: “mas eu sou apaixonada por ela”. O amor era sempre o “mas” entre a vírgula e o ponto final. E esse “amor” me martirizava cada vez que eu tentava pular fora de uma parceria que simplesmente não cabia na minha vivência. Independente das incompatibilidades, do descaso, do desrespeito, da falta de companheirismo, enquanto houvesse amor, existiria uma solução (assim eu pensava). Acontece que, dia após dia, eu aprendi friamente com as mágoas, as dores, os retrocessos emocionais que amor não era isso. Que estar em um relacionamento era muito mais do que estar apaixonada pela pessoa do meu lado. Parceria saudável é igualzinho receita de bolo. O amor é o toque final que faz a massa transbordar doçura mesmo debaixo de um calor de 180ºC. O amor é a motivação. É o ímpeto que te faz ficar sem dormir e sair de casa de madrugada para pedir desculpas depois de uma briga, o motivo pelo qual você coloca a timidez de lado e chama a garota para sair, a razão pela qual você decide em primeira mão abrir a porta da sua vida para um relacionamento em si. É o início e o fim de tudo, mas só amor sozinho não suporta o durante. A paciência, a cumplicidade, o respeito, a compreensão, a confiança, o discernimento, o timing e um monte de sentimentos que na maioria das vezes são subjugados dentro de uma relação é que sustentam a travessia. Se qualquer um destes quesitos falha no seu propósito de construção de um alicerce sólido, o relacionamento acaba. Acaba porque você olha nos olhos do outro e não reconhece mais a essência daquela parceria. Acaba, porque o amor vira orquestra de um apego só, que nada mais faz do que ecoar um verbo solto no meio de um teatro vazio. A gente presta tanta atenção no grosso da palavra amor, que se esquece das mensagens subliminares escondidas nas entrelinhas daquele parágrafo. Não basta amar até o último fio de cabelo e não respeitar o momento do outro, alimentar ciúmes descontrolados, possessividade, intolerância e um bocado de pequenas feridas que acabam por matar o cerne da união. O amor é lindo, é mágico, é transformador e muda a vida da gente. Muda, nem que seja pra gente entender que ficar sozinho em determinada instância é melhor do que permanecer naquele enredo. Nem que seja pra olhar pra trás e assumir que amou sim, perdidamente, mas que foi necessário fechar aquela porta porque os caminhos infelizmente não conseguiram se encaixar no presente do outro. Não estou minimizando a força do sentimento mais potente e corajoso que existe no universo. Ele vai dar as caras quando você pensar em sair, ele vai frear a palavra no momento da fúria, ele vai te encher de coragem para reformular as versões de si que não se enquadram mais naquela travessia, para então tentar de novo. Contudo, mesmo o mais resistente dos amores precisa de uma boa retaguarda para enfrentar a batalha diária que é sustentar um relacionamento saudável. O amor quando pede licença em uma morada precisa de paz e aconchego para conseguir se instalar. Ele só é tudo em uma relação quando amparado por um berço de sentimentos cuidadosamente moldado. Fora isso ele deixa de ser motivação, para ser um mero ocupante dos espaços vazios dentro do coração da gente. Melhor dizer adeus com um olhar recheado do amor mais lindo do mundo, do que ficar e deixar esse olhar morrer de inércia. Amor sozinho não sustenta uma relação, mas bem abraçado, ele resplandece com a graça e a doçura de um pássaro em voo: aquele que fica por livre arbítrio e não porque se sente aprisionado.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Inveja

Aceite, é normal sentir inveja. Por mais que seja um sentimento triste e mesquinho, é normal querer algo que o outro conquistou ou querer conquistar algo que se viu por aí. A inveja pode ser para sempre inveja, ou pode se tornar um parâmetro para o sucesso. Como tudo tem dois lados, a inveja é, por sua natureza, negativa. Ela puxa do outro algo que você gostaria de ter, ainda que não queira de verdade. Ao se sentir menosprezado por algo que alguém conquistou, automaticamente você estará puxando a energia da conquista do ser invejado. Essa energia, além de contaminar o outro, toma conta de você. Ela te deixa cego por um objetivo que não é seu, mas que, devido ao sucesso do outro, você gostaria que fosse. O invejoso inveja por invejar, o ambicioso inveja para se motivar. Contudo, a inveja pode ser uma força transformadora, caso você consiga enxergar o bem. A inveja é o combustível para a motivação, para atingir um objetivo, para chegar a um ideal. É normal sentir inveja, desde que não se contamine por ela. Se você tem um sonho e o outro atingiu primeiro, isso não significa que não atingirá o seu, apenas que o caminho dele foi diferente do que você traçou. Ele não tem mais merecimento e você menos. Se você tem um objetivo claro e deseja com toda força, uma hora o que um dia foi inveja se tornará realização. Se for para sentir inveja de alguém, sinta de si próprio.

domingo, 3 de agosto de 2014

Envelheci com as marcas do amor

O reflexo no espelho do banheiro, invariavelmente, não é mais o mesmo. Vejo olheiras embaixo dos olhos fruto das inúmeras noites mal dormidas, pés de galinha que contam mais histórias do que os sertões de Guimarães e rugas escondidas aqui, ali, acolá, das vezes que as frustrações me pegaram desprevenida esboçando um sorriso que terminou flácido num vinco de adeus. Os cabelos antes volumosos e sedosos caíram-se aos montes, como restos de cerejeiras entristecidas com a chegada repentina do veraneio. Até o brilho no olhar é diferente, parece um destes vagalumes travessos que teve sua luz roubada em uma (ou várias) destas travessias sombrias que o coração da gente parece querer peregrinar. O fato é que hoje vejo muito pouco, daquele tanto que já existiu um dia. O amor que tanto me engrandece, me envelheceu. De repente, a bagagem carregada com tamanho cuidado e esforço do lado de dentro ficou evidente do lado de fora também. As pessoas agora conseguem notar a imensidão do caminho que foi percorrido e a profundidade das cicatrizes que fizeram morada nesta essência ao longo dos anos. O corpo que atualmente desperta a retina do outro, conta uma história diferente daquele de outra quando o amor era inocentemente tão somente amor, sem “mas”, “poréns”, “todavias” e “entretantos”. A reciprocidade se tornou levemente arredia diante as inúmeras possibilidades de amor e a expressão antes florida como um jardim de primavera estampa uma desconfiança singela, típica das crianças quando se arriscam a descobrir o primeiro passo. A experiência ou maturidade trouxe consigo o preço minimalista do desapego. Não mais é preciso buscar esconderijo atrás de uma máscara de falso contentamento e permissividade uma vez que, o coração já castigado com doses nada homeopáticas de descaso entende que está tudo bem em mostrar quem se é de verdade. Aliás, aquela cicatriz nada atraente que muitas vezes é encoberta com camadas extras blusas ou tatuagens e sorrisos automáticos, pode ser uma dessas singelas delicadezas da alma da gente que engrandecem nossa vivência sob o olhar amoroso do outro. Quem tem alguém ferido dentro de casa ou próximo de nós, sabe que a melhor forma de destituir um sofrimento é abraçar aquela dor e deixar que o tempo faça a sua mágica, até que o momento se esgote definitivamente. Passar por um turbilhão de relacionamentos, pessoas, sentimentos e ainda assim chegar emocionalmente inteira no próximo instante é mais do que sinônimo de coragem, é aquela cerejinha do bolo que te faz ser diferente de todo mundo que desistiu do amor no meio da travessia. O amor que tanto me engrandece, me envelheceu. Mas, inacreditavelmente, me sinto mais plena do que nunca. O amor acumulou seus percalços em cada pequena fresta que o sentimento deixou aberta ao pedir passagem e o resultado deste preenchimento foi uma alma aprimorada e resistente, que encontrou nos destroços, os pedaços de si que faltavam para completar o quebra-cabeça deste enigma chamado amadurecer. Porque o que nos torna bonitos, elegantes e desejados é justamente aquela metade avariada que a gente tenta esconder. Eu, me sinto cada dia mais linda. Espero que vocês também. Aquela ruguinha boba no canto esquerdo da boca se apruma toda num sorriso cada vez que meu coração consegue abrir as portas para amar novamente. A idade tem dessas ternuras que talvez a gente só consiga sentir com total exatidão quando chega lá. E olha que acaso (ou sorte), a minha ruguinha combina perfeitamente com o sorriso frouxo que ela carrega mesmo quando está brava. Bagagem boa é aquela que a gente carrega de mãos dadas. Que a gente continue se encontrando nestas marcas que o amor vai deixando pelo caminho, porque se do lado de fora a gente transparece vivência, do lado de dentro fica cada dia mais próximo da eterna juventude.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Conto com você

Quero contar, com você. Quero contar que estou feliz por ter recebido um elogio de alguém que gosto muito, que almocei em quinze minutos e que não peguei trânsito para voltar. Quero contar que disse que ia dormir mais cedo quando na verdade fiquei enrolando por horas no Youtube, ainda que você se chateie por não ter dito “boa noite”. Quero contar que estou tentando emagrecer e ninguém pode saber, porque aí as minhas expectativas serão pressionada por todos e não preciso de mais pressão para começar a mudar. Quero contar que aprendi a cozinhar algo novo, ainda que seja algo que você não goste e jamais irá experimentar. Quero contar que fechei uma viagem sozinha, comigo, sem você, pois preciso de férias de mim e do mundo, sem que se incomode por não fazer parte desse momento. Quero contar que já tenho a ideia para um livro e que infelizmente só me falta tempo para escrevê-lo. Quero contar que estou triste porque desde que você voltou de viagem ainda não consegui te visitar, por mais que diga que está tudo bem, sei que você também está com saudade. Quero contar que metade de mim confia cegamente em você e a outra metade tenta diariamente confiar mais, ainda que você se sinta triste pela minha constante ausência. Quero contar com você nesse dia especial, como também são os outros em que você está perto de mim. Quero contar, com você me apoiando a subir no slackline, a encarar um desamor e a vida. Quero contar, com você dando risada, alegre, sendo amada e feliz. Quero contar com você no corredor do meu prédio esperando meu pai com os pacotes de figurinhas. Quero contar que também erro, que meus problemas são parecidos com os seus. Quero contar com você, para que a gente conte juntas cada dia até o fim da vida. Para: Barbara Oliveira. Vulgo: #ChupaBarbara

terça-feira, 29 de julho de 2014

Eu não precisava de você

Não precisava te acordar ou ser acordada todos os dias com uma SMS ou Whatsapp para que saibas o que eu amo, o que eu amava, o que amarei ou o que deixei de amar em você. Não precisava colocar uma bandeja em cima do seu colo com seus quitutes favoritos enquanto te dou um beijinho na testa e saio para trabalhar. Não precisava deixar um bilhete na geladeira com um “Eu Te Amo” escrito com caneta Bic vermelha, preso com um imã de joaninha feito de biscuit, eu simplesmente não precisava. Não precisava te ligar na hora do meu almoço pra falar que comi salmão e finalmente aprendi a usar o hashi, e nem que quase fui atropelada porque atravessei com o farol verde aberto. Eu também não precisava te mandar e-mails todos os dias perguntando o que você faria no final do dia, pois sabia que em todos os finais de dia estava nos seus planos me encontrar. Não precisava perguntar se queria ir ao cinema ver uma nova comédia romântica super clichê ou um desenho animado, a qual não prestaremos atenção no enredo, pois estaríamos preocupadas em falar como o filme é muito bom ou muito tedioso. Não precisava te ligar nos finais de semana para saber se você estava com saudades, pois eu sabia que estava (já que eu também estava), e morria de ansiedade roendo todas as minhas unhas enquanto aguardava uma ligação sua, a mesma que eu acabava fazendo, pois nunca soube esperar. Não precisava perguntar se queria ir comigo trocar uma roupa no shopping, pois mesmo cansada de me ver trocar tudo o que compro e fazer uma cara emburrada, sei que você fica feliz enquanto ficava provando roupas na sua frente. Não precisava pedir para dormir de conchinha comigo, pois antes d’eu pensar na hipótese, você já deixou a cama arrumada para que caibamos nós duas. Não precisava combinar de irmos ao parque num domingo ensolarado para tirarmos fotos rolando na grama, pois você sempre aparecia com o celular quando o dia mal amanheceu. Não precisava de filmes em noites chuvosas com pipoca e edredom, nem que você cuidasse de mim quando estou com a sinusite atacada ou a enxaqueca não quer passar. Não precisava de passeios com balões coloridos, sorvetes de vários sabores, balas de goma ou jujubas. Não precisava mesmo. Não precisava de nada disso. Não precisava. Eu não precisava escrever um texto bonito para que você saiba o que eu sinto, muito menos gritar aos quatro ventos o que eu nunca deixei de sentir. Eu preciso apenas de uma coisa: não ter você, pois só assim saberei do que preciso.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Ana

Entre todos os anos que já vivi, mais da metade te pertencem. Isso significa que boa parte da minha vida foi constituída por você, e o inverso também tem dedo meu. Vi a maior parte dos seus aniversários, infernos e passagens astrais. A conheci mais vezes do que você imagina e cada Ana que já existiu me ensinou algo diferente, único e importante. Se não fosse por uma Ana aí no meio dessa trajetória, eu provavelmente não estaria onde estou, investindo no que gosto, buscando ser feliz com o que me faz bem. Essa Ana me incentivou a sair da mesmice, largar a timidez e acreditar no meu potencial. Caso uma Ana que reside em você não existisse, provavelmente eu não teria aprendido o que é a essência da amizade. Este é um clichê honesto. Nunca aprenderia que não importa o quanto você ame alguém, deixar a pessoa partir é sempre a melhor opção. Se o amor existe, a pessoa voltará. Você foi, mas voltou. Eu sempre soube que precisávamos ficar longe para descobrirmos que o nosso lugar é perto. A Ana que eu mais gostava também deu espaço para outra. A intransigente, espontânea e “porra louca”, que dava trabalho porque queria ser feliz, descobriu que para ser feliz não é preciso dar trabalho, basta ser. Essa outra me ensinou que se a vida não te leva para o lugar desejado, é porque o desejo sempre foi ir para outro lugar. E você foi para lá, para os pequenos sonhos. Me ensinou que desistir não é perder, é transcender. Hoje, parte dos anos que me pertencem começam a partir. E eles podem ir embora, não ligo. O que aprendi com o passado o presente não pode apagar. Agora quero aprender com o futuro. A Ana de ontem já me ensinou demais. Estou ansiosa para aprender e conhecer a Ana de amanhã.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Eu não te devo um abraço

Vi que tínhamos tudo a ver desde que me entendi por gente. Você também sabia, por isso aceitou a ideia de andarmos juntos desde o começo. Eramos totalmente diferentes das outras pessoas: a gente podia fazer o que quisesse. Dormíamos, cantávamos, brincávamos, saíamos, tudo de uma só vez. Não existia uma relação melhor do que a nossa. Um dia, nas idas e vindas frenéticas de nossos desejos, comecei a perceber que não estávamos constantemente acompanhados de outras pessoas. Tá, conhecíamos muita gente diferente e sempre dávamos um jeito de incluí-las em nossos passeios, mas como não parávamos quietos, notei que já estavam saturadas. Ainda assim, insistíamos e sugamos tudo de todos os nossos amigos, fazendo com que eles fossem cada vez mais presentes em nossas vidas. Queríamos mais do que um dia, queríamos todos os dias. Cansadas de tanta agitação, aos poucos, as pessoas foram desaparecendo. Cada vez mais os nossos passeios compulsivos foram diminuindo. Éramos tão amigos, não sei o que houve. Acho que no fundo não gostavam de mim, só de nós dois juntos. Só estavam interessadas em nosso relacionamento perfeito, e nos invejavam. Depois que meus amigos sumiram, comecei a me sentir sozinha. Você já não me completava mais como no começo. Sinto que, desde o início, você plantou uma sementinha para que eu ficasse sedenta por mais, que o muito era pouco, e que nada era bom o suficiente. Pois bem, você tem razão. Eu quero mais, e do jeito que está, já não me completa. Desculpe, eu tentei, mas não posso mais te abraçar, Mundo.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Fale agora ou cale-se para sempre.

Ninguém vai entrar em sua mente e tentar descobrir o que você pensa, porque age dessa forma e porque se porta assim. Por mais empático e humano que o outro seja, colocar exatamente o que você pensa sobre algo pode te levar a caminhos esclarecedores, longe dos problemas e perto das soluções. Um problema, quando não exposto, torna-se somente seu. A mente é uma terra fértil e um problema é uma semente. Aí, dentro da sua cabeça, um pequeno problema pode tomar proporções gigantescas. Exponha-o. Tire tudo de você. Por mais que doa, se explique. Foque em um ponto e busque todas as formas de explicá-lo. Esqueça as falácias. Coisas como “eu sei”, “para mim tanto faz”, “você quem sabe” e “se vai ser melhor assim” estão longe das soluções. Busque argumentos. Cada fato, por menor que seja, auxilia na construção do seu ponto de vista. No fim, haverá mais do que explicações, haverá conclusões. Uma questão mal resolvida sempre voltará para atormentar. Se você não limpa a sujeira, sujo está. Por mais que não veja, o corpo sente e se manifesta. Quando a questão não esclarecida retorna, esta volta com força. E com mais força em uma próxima, até que você não aguente mais. Resolva agora, mesmo que demore horas, dias. Fale tudo o que está sentindo na hora em que estiver sentido. Com o tempo, o argumento perde a força. Quem sofre, sabe que sofre, mas quem só está envolvido, se esquece. Se algo te chateia, fale na mesmo momento, no mesmo dia. Por mais que estrague um momento hoje, você deixará de estragar inúmeros momentos amanhã. Ao se abrir, você não está sendo apenas sincero com os outros, está sendo sincero consigo. E se existe uma pessoa que merece ter a mente liberta, este alguém é você.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Defesa.

"Você deveria namorar de novo", "Você vai acabar namorando logo", "É tão ruim ficar sozinha". "Quando a gente começa a namorar?", "Você me ama?", "Larga tudo e fica comigo!", "Você merece muito mais do que ela te oferece". Boa parte das mulheres, funcionam com a hierarquia amorosa dos chamados. É evidente a evolução: começa com "Te gosto tanto", segue com "Te Adoro", para partir, somente com a relação cristalizada, para o "Eu Te Amo". Mulheres indicam, pelas declarações, os degraus da convivência. Percorrem uma nítida escada sentimental, mostrando o quanto vai se apegando pela companhia. São como promoções da trajetória a duas/dois. Fazem questão de se apaixonarem e de se saberem apaixonadas. Fazem questões de anunciarem seu comprometimento. Denunciam a intensidade do seus sentimentos pouco a pouco, dão notícias semanais. Inclusive seus arrebatamentos são cercados de implicâncias. Mulheres quando vão amando passam a ofender carinhosamente seu parceiro(a) de "besta", "boba(o)", "chata(o)", "irritante", "insuportável". Uma maneira de acolherem os defeitos e respeitarem as diferenças, como que a dizer que elas preferem estar com ela(e), mesmo não sendo suas idealizações, mesmo incomodando, mesmo que sofrendo. É uma atração absorvendo a oposição. Eu não uso de artifícios racionais. Ao contrário de todas as outras mulheres, não conduzo uma escala de interesse. Ao dizer "Eu te adoro" é quase certo que nunca direi "Eu te amo". Me pronuncio uma vez de modo irreversível. Tem uma bala na roleta, não irei desperdiça-lá à toa. Quando adoro já conclui que não amarei, ofereci um teto para o relacionamento, um limite para um bem querer, que pode ser bem intencionado, mas é sobretudo amigável. Sinalizei uma relação efêmera, não um namoro. A pressa costuma ser desapego. Aprendi que melhor a cidadã que demora para falar qualquer coisa, que estuda o que vem experimentando, que ganha confiança e segurança gradualmente. É provável que se renda por completa depois. Falarei direto o "eu te amo" meio que do nada, do meu nada que é cheio de razões. O único apoio é que também disfarça seu amor com desaforos afetivos: "você é maluca", você é impossível", "você não tem jeito". Indícios de uma admiração que apenas cresce, determinando que ela é surpreendente (qualidade mais procurada pelas pessoas) O "Eu te amo" para várias mulheres é uma decisão feita de prévias. Para mim é a desistência completa e súbita das minhas defesas. Não estou abordando canalhas e cafajestes, que usam o desejo feminino a seu favor, mentem descaradamente para atingir seus objetivos e tiram proveito do que seu par desejaria ouvir.

terça-feira, 22 de julho de 2014

A pauta da minha vida

Esperei por esse dia. Se a vida pudesse ser pautada em um acontecimento, seria neste. A gente é bobo. Passamos os dias esperando por pequenas coisas para abrirmos mais sorrisos. O salário caiu, a birita chegou, o avião partiu, o abraço salvou. São pequenas besteiras que nos motivam. Já me senti confortável porque um desconhecido sorriu para mim na rua, porque elogiaram a minha roupa gratuitamente e por ter lugar vazio no ônibus. Depois de um tempo, quando a rotina se repete e nos acostumamos, deixamos de nos deliciar com as pequenas coisas. Queremos novas. Precisamos de experiências maiores. Buscamos momentos que nos valham a existência. E, como quem procura a chave de casa perdida na bolsa, dediquei boa parte dos últimos tempos buscando estes benditos momentos. Um, para ser mais específica. Rodei lugares, conheci pessoas e reforcei amizades, a fim de buscar o momento perfeito. Demorei a perceber que jamais encontraria. O que eu queria não era raso ou superficial, era profundo. A profundidade não é nítida, logo não pode ser classificada como um momento permanente. Eu, que queria um motivo para ser feliz constantemente, descobri que pautei minha vida de forma errada. A felicidade é curta porque é profunda.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Tô com saudade dela

A verdade é que tá foda. Meses atrás descobri que o amor da minha vida encontrou o amor da vida dela. Quando vieram os papos de aliança dourada, eu quis desconversar, mas não teve jeito, meus amigos disseram alto: ‘Esquece de vez. Ela tá praticamente casada’. Palavra não é revólver, mas mata tanto quanto. Não sejamos hipócritas, o sorriso de quem a gente ama também nos deixa destruídos no canto. Basta que não tenha sido ao nosso lado que os lábios, felizes, se abriram. E não entro em exageros de depressão e o caralho que for. Falo de perder o chão, as estribeiras, entender o que é a dor. Depois da notícia busquei meu altar e sequei duas garrafas de vinho tinto. Não encontrei alívio algum. Escutei dez ou cem músicas de fossa. Nenhuma pareceu dizer o que eu queria dizer, o que eu queria escrever, o que meu coração precisava gritar. Se eu começar a falar de sexo, aí é que a coisa fica feia. Ela transformou uma menina em mulher. Me dizia o que queria e como queria. Me ensinou o que a língua faz enquanto as mãos podem estar na nuca ou dando apertões de amor. Ela é dessas que não tem pudor. Faz do sexo o templo sagrado que deve ser. Seu limite é o gemido alto no pé do meu ouvido, o entorno é só um detalhe. De fantasias mil, eu já tive ao meu lado a mulher mais safada e independente que já se viu; e se verá. Foi tanta coisa ao lado dela que minha cabeça me trai: começo a achar impossível alguém preencher todo o vão que ficou na partida. A gente já jogou bola na praia; eu, sem ciúme, já incentivei ela a diminuir o shorts. Fomos juntas conhecer São Paulo. Ela nunca fez teatro, mas numa das nossas descobertas encenou que morreu. Nunca vi aquela filha da puta rir tanto como quando ela me iludia, e eu fechava a cara de uma raiva que nunca existirá. Falo por mim: ela é dessas que você dá corda à partir de um só sorriso. Joga o cabelo pro lado e pede que pegue algo. Quando você menos percebe, daria o mundo inteiro para mais cinco minutos ouvindo cada palavra que sai daquela boca. Ainda não sei se aquele parque fez parte do melhor ou o pior dia da minha vida. Ainda não sei o que vale a pena nessa vida. Porque nos apresentar pessoas tão distintas e marcantes se logo depois vai nos tirar à força? Talvez eu ainda precise entender que felicidade é o beijo que se dá no presente, não planos de futurismos baratos. Todos os dias eu ainda lembro que ela é do tipo que inspira só por respirar. Cujas palavras formavam frases que me queimavam o juízo. Dessas que têm no cabelo o cheiro que eu queria sentir ao deitar. A pele que eu queria sentir com a palma da alma quando acordasse. A voz, meu Deus, dessas que eu queria guardar e fazer música dentro de mim. Ela é assim: linda. E sobrava tanto que quando eu encostava nela, me sentia linda também. E aqui falo de beleza que sai dos poros, não nas capas. Ela era justa. Podia gritar, podia chorar, podia implicar; mas eu morreria ao lado de uma justa. Só que não deu. Num desses dias esquisitos, sumimos. Ela foi pra lá. E eu vim parar aqui. Tô com saudade dela.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Pra você e por todos.

Marc e Angel são dois escritores que mantém um blog de mesmo nome (Marc and Angel Hack Life, em inglês). Por lá você encontra dicas para uma vida mais produtiva, mais saudável. Uma vida melhor. Já faz um tempo que eu acompanho o trabalho deles, mas só agora decidi compartilhar com vocês um dos textos mais incríveis que li por lá. A lista de 30 coisas que você deve parar de fazer a si mesmo. 1. Pare de perder tempo com as pessoas erradas A vida é muito curta para perder tempo com pessoas que sugam a sua alegria para fora de você. Se alguém quer você em sua vida, eles vão criar espaço para você. Você não deveria ter que lutar por um lugar. Nunca, jamais insista em aparecer diante de alguém que subestima o seu valor. E lembre-se, seus verdadeiros amigos não são as pessoas que estão ao seu lado quando você está vivendo seus melhores dias, mas sim aqueles que permanecem mesmo nos piores momentos. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 2. Pare de fugir dos seus problemas Encare-os de frente. Não, não vai ser fácil. Não há ninguém no mundo capaz de sair ileso de cada pancada que leve. Não é esperado que estejamos aptos a imediatamente resolver quaisquer problemas. Simplesmente não somos feitos desta forma. Na verdade, somos feitos para nos irritarmos, nos entristecermos, nos machucarmos, tropeçarmos e cairmos. E é por isto ser a razão mesma de viver – encarar problemas, aprender, se adaptar, e resolvê-los ao longo do tempo. Isso é o que efetivamente nos molda na pessoa que nos tornamos. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 3. Pare de mentir para si mesmo Você pode mentir para qualquer outra pessoa no mundo, mas você não consegue mentir para si mesmo. Nossas vidas melhoram apenas quando arriscamos encarar as oportunidades, e a primeira e mais difícil oportunidade que podemos encarar é sermos honestos conosco mesmos. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 4. Pare de colocar as suas necessidades em segundo plano A coisa mais dolorosa é perder-se de si mesmo no processo de “amar” alguém demais, e esquecer de que você é especial, também. Sim, ajude aos outros; Mas ajude-se também. Se existe um momento para correr atrás de sua paixão e fazer algo que realmente importa para você mesmo,este momento é agora. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 5. Pare de tentar ser alguém que você não é Um dos maiores desafios na vida é ser você mesmo em um mundo que tenta fazê-lo igual a todos os outros. Alguém sempre vai ser mais bonito, alguém sempre será mais esperto, alguém sempre será mais jovem, mas eles jamais serão você. Não mude para que os outros passem a gostar de você. Seja você mesmo e as pessoas certas vão amar quem você é de verdade. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 6. Pare de se apegar ao passado Você não pode iniciar o próximo capítulo da sua vida se você continua relendo o anterior. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 7. Pare de ter medo de cometer erros Fazer algo e falhar é ao menos dez vezes mais produtivo do que não fazer nada. Todo sucesso deixa uma trilha de falhas atrás de si, e cada falha é um passo rumo ao sucesso. Você acaba se arrependendo muito mais das coisas que NÃO fez, do que daquelas que fez. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 8. Pare de se reprender por velhos tropeços Nós podemos amar a pessoa errada e chorar sobre as coisas erradas, mas não importa o quão erradas as coisas se tornem, uma coisa é certa, os enganos nos ajudam encontrar a pessoa e as coisas que são certas para nós. Todos cometemos enganos, temos tropeços e mesmo nos arrependemos das coisas em nosso passado. Mas você não é seus enganos, nem seus tropeços, e você está aqui AGORA com o poder de definir o seu dia e o seu futuro. Toda e cada coisa que aconteceu na sua vida está te preparando para um momento que ainda virá. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 9. Pare de tentar comprar felicidade Muitas das coisas que desejamos são caras. Mas a verdade é que, as coisas que realmente nos satisfazem, são totalmente grátis – amor, risadas e trabalhar naquilo que nos apaixona. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 10. Pare de procurar a felicidade exclusivamente nos outros Se você não está feliz com quem você é por dentro, você tampouco será feliz em um relacionamento de longo prazo com quem quer que seja. Você precisa criar estabilidade na própria vida em primeiro lugar, antes que possa compartilhá-la com mais alguém. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 11. Pare de ficar ocioso Não pense demais ou você criará um problema que nem existia, para começar. Avalie as situações e tome ações decisivas. Você não pode mudar o que se recusa a encarar. Progredir envolve assumir riscos. Ponto! Você não pode andar até a segunda base e manter o seu pé ainda na primeira. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 12. Pare de pensar que você não está pronto Ninguém realmente se sente 100% pronto quando uma oportunidade aparece. E isto acontece porque as mais grandiosas oportunidades na vida nos forçam a crescer além das nossas zonas de conforto, o que significa que não estaremos totalmente confortáveis, no início. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 13. Pare de se envolver em relacionamentos pelas razões erradas Relacionamentos devem ser escolhidos com sabedoria. É melhor estar só do que em má companhia. Não há necessidade de pressa. Se alguma coisa deve ser, ela acontecerá – no seu tempo certo, com a pessoa certa e pela melhor das razões. Se apaixone quando estiver pronto, não quando estiver solitário. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 14. Pare de rejeitar novas relações por que as antigas não funcionaram Na vida você perceberá que existe um propósito em conhecer cada pessoa que você conhece. Alguns testarão você, outros te usarão, e outros te ensinarão. Mas, o que é mais importante, alguns despertarão o que há de melhor em você. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 15. Pare de tentar competir com todo mundo Não se preocupe com o que os outros fazem melhor do que você. Concentre-se em bater os seus próprios recordes todos os dias. O sucesso é uma batalha travada apenas entre VOCÊ e VOCÊ MESMO. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 16. Pare de ter inveja dos outros A inveja é a arte de contar as bençãos alheias, ao invés das próprias. Se pergunte o seguinte: “O que é que eu tenho que todas as outras pessoas desejam?” Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 17. Pare de reclamar e sentir pena de si mesmo As “bolas com efeito” da vida são jogadas por um motivo – para mudar o seu caminho numa direção que se destina a você. Você pode não ver ou entender tudo no momento em que isto acontece, e pode ser difícil. Mas pense naquelas “bolas curvas” negativas que foram jogadas para você no passado. Você frequentemente perceberá que no final elas te levaram a melhores lugares, pessoas, estados de espírito, ou situações. Então sorria! Deixe todos saberem que hoje você é mais forte do que era ontem, e então você será. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 18. Pare de guardar rancor Não viva a sua vida com ódio no coração. Você acabará machucando a si próprio muito mais do que as pessoas que você odeia. Perdoar não é dizer “o que você fez de errado comigo não tem importância”, é dizer “eu não vou permitir que o que você fez comigo seja a ruína eterna da minha felicidade”. Perdoar é a resposta… desapegue, encontre paz e liberte-se! E lembre-se, o perdão não é apenas para as outras pessoas, é para si mesmo também. E você deve perdoar-se, seguir em frente e tentar fazer melhor na próxima vez. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 19. Pare de deixar os outros te rebaixarem ao nível deles Recuse-se em baixar os seus padrões de qualidade para acomodar aqueles que se recusam a elevar os deles. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 20. Pare de perder tempo se explicando aos outros De toda forma, seus amigos não precisam e seus inimigos não vão acreditar. Apenas faça o que seu coração aponta como o caminho certo. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 21. Pare de fazer as mesmas coisas de novo e de novo sem uma pausa A hora certa de respirar profundamente é quando você não tem tempo pra isso. Se você continuar insistindo no que está fazendo, você vai continuar obtendo o mesmo resultado. Às vezes, você precisa se distanciar um pouco para ver as coisas mais claramente. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 22. Pare de negligenciar a beleza dos pequenos momentos Aproveite as pequenas coisas, pois um dia você pode olhar para trás e descobrir que elas eram as grandes coisas. A melhor porção da sua vida será composta dos pequenos e inomináveis momentos que você passa sorrindo junto de alguém importante pra você. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 23. Pare de tentar alcançar a perfeição O mundo real não recompensa o perfeccionismo, ele recompensa as pessoas que conseguem fazer as coisas. 24. Pare de seguir o caminho do menor esforço A vida não é fácil, especialmente quando você planeja alcançar algo de valor. Não pegue o caminho mais fácil. Faça algo extraordinário. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 25. Pare de agir como se tudo estivesse bem, quando não está É perfeitamente normal desmoronar por um breve período. Você nem sempre precisa fingir que é o mais forte, nem constantemente tentar provar que tudo está indo bem. Você tampouco deveria se preocupar com o que os outros pensam – chore se precisar – é saudável colocar suas lágrimas para fora. Quanto mais cedo você o fizer, mais cedo você estará apto a sorrir genuinamente de novo. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 26. Pare de culpar os outros pelos seus próprios problemas A dimensão com que você conseguirá realizar seus sonhos depende da dimensão com que você assume responsabilidade pela própria vida. Quando você culpa os outros pelo que você está passando, você nega responsabilidade – você dá aos outros poder sobre aquela parte da sua vida. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 27. Pare de tentar ser tudo para todos Alcançar isto é impossível, e tentar apenas te levará ao esgotamento. Mas fazer uma pessoa sorrir PODE mudar o mundo. Talvez não todo o mundo, mas o mundo dela. Então estreite o seu foco. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo Fonte: reddit.com 28. Pare de se preocupar demais A preocupação não removerá os obstáculos do amanhã, mas removerá as delícias do dia de hoje. Um modo de verificar se algo vale o esforço de super ponderar a respeito é se fazer a seguinte pergunta: “Isso importará daqui a um ano? Três anos? Cinco anos?”. Se não, então não é nada que valha o esforço de preocupar-se. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 29. Pare de focar naquilo que você não quer que aconteça Foque naquilo que você quer que aconteça. Pensamento positivo está na dianteira de todo grande história de sucesso. Se você acordar toda manhã com o pensamento de que algo maravilhoso acontecerá na sua vida hoje, e você prestar muita atenção, você com frequência descobrirá que tem razão. Coisas que você deve parar de fazer a si mesmo 30. Pare de ser ingrato Não importa o quão bom ou o quão ruins as coisas estejam, acorde todo dia grato pela sua vida. Alguém em algum lugar está desesperadamente lutando pela própria vida. Ao invés de pensar naquilo que falta, tente pensar em tudo aquilo que você já tem e que quase todo mundo sente falta.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Tragédia é uma arte quando transformada em comédia

Você, provavelmente, deve conhecer pessoas que dominam a admirável arte de fabricar gargalhadas utilizando, como matéria-prima, o próprio tombo. Não conhece? NÃO? Então você não sabe o que está perdendo. Conheci um cara que foi atropelado por um fusca e que, devido ao acidente, perdeu metade da orelha. Ele passou uma semana de molho em um quarto de hospital, e, quando finalmente voltou à faculdade, ao invés de choramingar ou de reclamar das pegadinhas do acaso, disse: “Foi, com certeza, bem melhor do que ter lutado contra o Holyfield!”. Todos riram imediatamente, e, de uma experiência horrível como um atropelamento, ele fez diversão gratuita para mais de trinta pessoas. E o bom humor não parou por aí: o recém-atropelado ainda olhou, fixamente, para uma moça que já havia dado um fora nele, e falou: “Pronto, amor, agora eu já tirei o pedaço da orelha do qual você não gostava!”. Ela riu. Todos riram. Eu deveria ter aplaudido. Não sei se ele conquistou o coração da moça, mas, graças ao bom humor, com certeza conquistou o meu eterno respeito e a minha imensa admiração. Ele poderia – como vejo muito por aí – ter dado uma de coitado e ter feito um daqueles discursos tecidos para gerar um bocado de pena. Só que não! Ele, magistralmente, demonstrou que é do tipo que pode até perder um pedaço da orelha, mas que nunca, por nada na vida, perderá a chance de fazer o povo sorrir. Palmas para ele. É sério, gente, por favor, batam palmas. O moço com uma orelha e meia não é único exemplo de gente que, quando cai, ainda do chão, faz com que uma multidão gargalhe a ponto de cair na calçada. Conheci um cara com hemorroidas sérias – daquelas que arrancam lágrimas a cada sentada e que obrigariam até o indestrutível Chuck Norris a dormir de bruços -, porém, o cidadão do cu sofrido, ao invés de lamentações, em um pequeno boteco de Minas Gerais, quase me matou de rir quando, repentinamente, parou de falar sobre futebol e confessou ter tal fragilidade anal. Ele usou a dor que ronda o boga dele para fazer com que muitas barrigas doessem de tanto rir. Não é genial? Espero que ele tenha melhorado das hemorroidas, mas que nunca pare de confessar, publicamente, o quanto uma gotinha de Tabasco pode ser pior do que a vida de novato com bunda sem pelos dentro de uma cadeia. Sempre que quero gerar risos, eu conto sobre uma dentada acidental que levei em partes não tão fofas, ou da luva látex na hora H e que me fez deixar o motel mais cabisbaixa do que os jogadores espanhóis depois da derrota para o Chile. Eu, sinceramente, espero que você utilize aquilo que um dia fez você chorar para fazer com que, um dia, alguém dê boas risadas. Nunca vou me esquecer do dia em que fomos (eu e mais uma galera) assaltados em Ubatuba e de amigo que, assim que os bandidos deixaram a casa na qual estávamos, com o intuito de mandar as caras de velório para puta que o pariu, imediatamente reacendeu a churrasqueira e ligou o som. Os ladrões já tinham partido com os nossos celulares, tênis e relógios, mas meu amigo, sabiamente, impediu que os homens encapuzados levassem também a nossa alegria. Ou acha que deveríamos ter ficado, pelo resto da viagem, aos prantos e em luto pelo ocorrido? Nada disso! E ele, o herói churrasqueiro, para transformar as últimas lágrimas em sorrisos, ainda disse: “A vantagem é que, se formos assaltados novamente, não teremos mais nada a entregar!”. É sábio ou não é? Além de importantes aprendizados, se quer tirar algo de bom dos inevitáveis dias ruins, aprenda a transformá-los em piadas e em momentos bons para aqueles que você quer bem. Pessoas bem-humoradas acham graça em pneus furados, dão risada da própria careca e não param de dançar quando a calça rasga bem no meio da bunda! Ou seja: salvam qualquer rolê! Já as pessoas que reclamam de tudo, meus caros, são mais contagiosas do que conjuntivite, e, quando são nocauteadas pela vida, fazem o possível para levar, com eles, o mundo todo para a lona. Por isso, quando eu morrer, exijo que, em minha lápide, escrevam: “Marilyn Monroe, prepare uma calcinha de bolinhas, pois eu já estou chegando!“. Ou acha que eu vou querer provocar lágrimas em quem, sempre que posso, faço questão de fazer rir?

Seu dia de Summer chegou!

Um dia você vai virar pra pessoa e vai dizer que queria mesmo, queria com todas as suas forças, que pensava que ia fazer acontecer como num passe de mágica se desejasse de verdade e por isso fechava os olhos enquanto a beijava, pra ver se atendiam o seu pedido de olhos cerrados. Você vai dizer pra ela que não premeditou nada e que talvez não devesse se sentir culpada, mas ela faz com que você se sinta. Faz com que você sinta o peso de deixar alguém que poderia ter sido perfeita pra você ir embora, mas diz o que eu deveria fazer? Diz pra ela que não é você quem se controla e que você é uma cria do mundo e o universo é quem responde, que teu nome foi riscado e reescrito no meio de encontros e acasos e vai embora sem pedir desculpas. Você vai se ver trancada dentro de um quarto cheio de histórias que batem feito sinos na sua cabeça. E dilemas. Milhares de dilemas múltiplos de 7 que tornam a tabuada muito mais difícil. Por um lado, você acordou e descobriu que não era ela, que não era aquela vida, que ela não tinha engatilhado nenhum clique em você. Que as coisas eram boas, razoáveis, feito telas semi-preenchidas em uma aquarela funcional. Vai se perguntar o que tem de errado, pra descobrir mais tarde que não tinha nada de errado em não estar feliz. Por outro lado não há nada de errado e ela faz cafuné, gosta tanto de você que finge te entender e diz que você é a responsável pela felicidade dela. A espinha vai gelar. Você vai se perguntar por que ela diz isso se você nunca disse nada. Disse que ficaria por aqui e que agiria de forma natural e ela interpretou isso em códigos estranhos que estragaram a mensagem. Ela vai achar que você a enganou o tempo todo e que montou cenário com plateia arredia pra ela não conseguir notar. Que esperou pra ver a cortina levantando e o público acenando e rindo dela, como numa comédia-pastelão-show-de-Truman-tragédia-grega. Você vai se sentir mal, mas vai tomar alguma decisão meio assim, meio “preciso ser feliz e meu lugar não é aqui”. Vai olhar pra trás e ver que não prometeu nada e nunca pediu nada demais. Vai perceber que só queria tentar um amor e descobriu que não era isso. Vai agradecer pela estadia e dizer que vai embora porque não quer arrastá-la como peso morto. Vai dizer que o verão já acabou e que, se ela quiser, o outono fica logo à frente. E talvez seus amigos vão digam que ela era legal demais, gentil demais, boa demais pra você. E os amigos dela vão te pregar pra cruz e dizer que você só era uma vadia sem coração que estragou a vida a sua vida. Ela vai quase morrer de amores pra descobrir que só se morre de amor no cinema. E você vai entender que isso não tem a ver com ser egoísta, com enganar alguém ou com não ter coração. Você vai ser uma Summer algum dia. E vai entender cada parte dela como se doesse dentro de você. Vai ver o lado dela e, caramba, ela é tão humana quanto você. E justamente por ter coração demais é que deixou uma história de contos de fadas pra trás pra tentar ser feliz numa história que ainda não tinha sido escrita, numa história que talvez só fizesse sentido numa outra estação.

Happy Birthday, my dear!

Feliz aniversário pra você e parabéns pra mim. Por ter te beijado debaixo da casa das rosas num dia quase perdido (se não fosse você pra me salvar). Por ter te enxergado de maneiras não óbvias e ter reconhecido em você os meus opostos mais bonitos e esclarecidos em forma de caos. Por ter insistido em te encontrar numa lugar qualquer e pegar um lápis pra te escrever desde que pus meus olhos em você.Feliz aniversário pra você e parabéns pra mim. Por ter viajado de um canto do mundo pro outro pra salvar a gente. Por ter esperado pra acordar do teu lado e ouvir um bom dia com gosto de eu-nunca-vou-deixar-você-não-importa-o-jeito-que-for. Por ter entendido que a gente se cruza, se esbarra, se desentende, separa e segue a vida por lados diferentes sem talvez não nos encontrarmos. Por ter preparado a vida com café, açúcar e adoçante pra te receber se um dia você me visitar.Feliz aniversário pra você e parabéns pra mim. Por ter aprendido um pouco sobre gentileza com os seus gestos, por gostar mais de cachorros porque você os ama, por pensar mais nos outros e nas ações que a gente realiza no mundo pelo seu sonho de trabalhar com causas humanitárias. Por ter dado mais valor a trilhas sonoras e momentos marcados por música. Por saber ler sinais de tempestade de longe, como eu sempre li os seus, my dear.Feliz aniversário pra você e parabéns pra mim. Por nunca ter comemorado com você porque a gente sempre desalinhava os planetas antes da hora certa. Por ter sido um ciclo vicioso que se acabou. Por ter sido transformado, mesmo que por um minuto ou um dia, na mulher da vida de alguém. Por enxergar esperança em mim até quando eu mesma não teria tido nada além de medo. Por me entender melhor e saber que eu podia sempre ligar pra você pra me entender mais ainda.Feliz aniversário pra você e parabéns pra mim. Por conhecer mais sobre signos e pessoas, Zona Norte e Zona Sul, saudades e angústia, peito pesado e alívio no telefone, compartilhar e ser feliz. Parabéns pra mim por ter tido você, por ter sido você, por ter vivido você. Por ter tido a certeza de que você foi a mulher que expandiu minha vida. Por ter escrito sobre você em todas as minhas entrelinhas e, olha, nas linhas que nunca escrevi também. Por entender que alguns amores nunca terminam, mas simplesmente adormecem. Feliz aniversário, my dear.

Será que é hora de mudar tudo, outra vez?

Você muda de ares, de corte de cabelo, de endereço, de companhia, de cidade, de trabalho. Muda tudo. Então, você se enche de entusiasmo e parece ter uma energia inacabável. Tudo ganha novos contornos e você pensa: “finalmente estou onde devia estar". Daí o tempo passa. O ar parece pesado, o corte de cabelo não assenta mais, o endereço não é dos melhores, as companhias revelam seus lados não bonitos, a cidade já não tem tantos atrativos, o trabalho parece mais do mesmo. Então, você se sente no vazio, sem força para nada. Tudo parece como era antes, ou até pior, e você pensa: “preciso mudar tudo de novo”. Conhece o enredo? Consegue adivinhar as cenas dos próximos capítulos? Talvez tenha faltado o aviso de que mudar é bom, mudar é ótimo, desde que a gente mude do jeito certo e as coisas certas. Muitas vezes o que precisa ser mudado é a nossa crença de que não pode haver vazios ou de que a gente precisa estar sempre se sentindo abarrotado para estar satisfeito. Podemos suportar (e acredite, você pode até desfrutar) um pouco de silêncio, de “não sei”, de simplesmente estar presente sem milhões de planos para o próximo passo, e isso é bom. Mudar a necessidade e a obrigação de estar sempre eufórico e sair bem na foto, caso contrário, a gente nunca vai chegar à colheita. Vai estar sempre correndo atrás do próximo ponto mais alto da montanha-russa, que vai ser sempre seguido de pontos muito baixos – viagem maluca que pode ser uma delícia quando se está no parque de diversões, mas é insustentável quando passa a acontecer no nosso mundo emocional. Mudar o foco excessivo no externo e observar o mundo interno: “o que estou precisando encarar dentro de mim? O que precisa de reparos, mudança e novos ares aqui dentro? O que estou relutando em encarar e que me faz dar procurar tantas coisas do lado de fora? Que fome real eu preciso aplacar?” Mudar nossa tendência em encontrar culpados e pontos falhos, passar a enxergar o que há de bom, o que há de positivo, o que há de potencial. Mudar também o foco excessivo no próprio umbigo, ver que existem milhões de oportunidades, acontecimentos e vida latente ao nosso redor. Mudar a vibração que mantemos em cada situação e ambiente, escolher o tom, ao invés de ter de sempre recomeçar do zero quando algo não nos agrada. Experimentar começar de onde está. Mudar a crença de que as coisas vão lhe abastecer e começar a se responsabilizar por sua energia. Na real não há um reservatório, você é que precisa gerar sua energia e fazer a manutenção do que alcançou. E se, antes de soar o alarme de incêndio, você simplesmente respirasse fundo e se perguntasse, esperando a resposta vir da parte mais profunda de si: “o que eu realmente quero e do que preciso agora?” Talvez a resposta até seja mudança de ares, mas aí já não será no ritmo de quem foge de um incêndio, mas sim de alguém que se prepara para uma jornada. Sem fuga, mas uma decisão de fazer uma passagem, onde se pode curtir cada passo da caminhada, sem a ânsia pelo pote de ouro ao final do arco-íris. Segredo a ser descoberto, que é a ironia de tudo, é que o pote de ouro costuma estar bem mais perto do que a gente imagina. Talvez nem seja bem o pote de ouro a recompensa, e sim o arco-íris ao longo do caminho. Mas a gente se distrai. Por: Juliana Garcia. Via: Entre Todas as Coisas

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Corações em Fuga

Certas pessoas simplesmente não conseguem se relacionar de forma duradoura. São corações eternamente em fuga. Como a moça de quem me falaram outro dia: aos 20 e poucos anos, depois de uma dezena de relacionamentos pueris, anunciou aos amigos que estava decidida a sossegar, casar e ter filhos. Logo em seguida, ela se apaixonou perdidamente... por um cara casado e pai de dois filhos pequenos. Seus planos de iniciar um relacionamento maduro, estável e tranquilo foram adiados, mais uma vez. Essa moça, assim com tantas outras e tantos outros, vive um conflito permanente entre aquilo que gostaria de fazer e aquilo que realmente faz. Ou, posto de outra forma, entre aquilo que ela é e aquilo que gostaria de ser. Cada vez que tem a chance de construir a relação duradoura que diz desejar, ela inventa algo mais importante para fazer, em geral uma paixão inesperada e impossível. A situação não a deixa infeliz, mas faz com que viva com culpa: o que há de errado com ela que não consegue fazer como todo mundo? Talvez não haja nada errado. É fácil fazer planos bonitos que combinam com aquilo que a sociedade, a família e os amigos esperam de nós. Aquilo que nós mesmos esperamos, na verdade. Mas, na hora de transformar os planos em realidade, muitas vezes não funciona. Pode ser medo e autosabotagem, mas pode ser, também, que esses projetos colidam com a nossa verdadeira natureza. Nem todo mundo foi feito para viver em família. Nem todos nasceram para voltar aos mesmos braços todas as noites. Ou, pelo menos, nem todo mundo está pronto para isso, ainda. Se fosse diferente, estaríamos todos, sem exceção, nos preparando para celebrar amanhã, como casal, o Dia dos Namorados. Mas esse não é o caso para milhões. Se abandonarmos as críticas moralistas ou ingênuas ao comportamento dos outros, seremos forçados a admitir que um mesmo conflito habite cada um de nós. De um lado, está o desejo de arrumar uma alma-espelho que seja o nosso par inseparável, capaz de resolver nossas carências e alimentar nossa libido. Nosso grande e imorrível amor. De outro, a sensação de que a vida é curta e deveria ser aproveitada em total liberdade, com o maior número de parceiros e de aventuras possível. A maioria decide pela estabilidade sem pensar muito, e vive as contradições inevitáveis. Outros, um grupo pequeno, resolve que vai ficar avulso. E um bom número oscila entre uma coisa e outra, como a moça que abre esse texto. Vivem de um jeito, mas sentem que a virtude está no outro. Eles não conseguem se decidir e nem se aquietar. Às vezes forçam a barra para se integrar à maioria, mas logo retornam ao seu estilo natural de viver e de sentir. Outras vezes, fazem, sem refletir, coisas que parecem pensadas de propósito para causar decepção e afastamento em quem tenta se aproximar. Estabilidade afetiva não se improvisa e nem se finge, embora se alcance. Tenho visto gente que depois de anos batendo cabeça encontrou um romance duradouro, desses que permite alugar uma casa e partilhar o plano de saúde. Ter filhos também. Quero pensar que estão felizes. A vida, afinal, não vem pronta e simples para todos. Às vezes é preciso andar muito e testar bastante antes de chegar a um lugar, ou a uma pessoa, que nos faça sentir em casa. O tempo nos muda, as circunstâncias nos moldam. Tornamos-nos melhores na arte de viver e partilhar, e isso permite encontros que antes seriam impossíveis. Grandes encontros. Dito isso, acho que é preciso evitar julgamentos. Não existe uma única forma aceitável de viver. Muita gente escolherá ficar avulsa, e ponto. Outros oscilarão permanentemente entre o singular e o plural: pelo gosto da aventura, pela incompatibilidade com a estabilidade, até pela incapacidade de renunciar, definitivamente, ao sonho de Cinderela e Príncipe Encantado. Não há problema nisso. O amor, esse que nos motiva, esse que nos atormenta também, cuja ausência nos enche de culpa e frustração, não existe de uma única maneira. Cada um de nós tem o direito de inventá-lo de acordo com a sua personalidade e seu desejo. Ou reinventá-lo, seguidamente, com outras pessoas e em outras circunstâncias, toda vez que isso for necessário. Ou, mais exatamente, toda vez que se tornar inevitável seguir em frente.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Partiu

Minha bagagem emocional é pesada pra caralho. Não que a sua não seja. O ponto é que cada um carrega aquilo que pode e eu só recebi um saco plástico, desses de supermercado. Mal chego até a esquina e a porcaria do saco fura, rasga, me deixa na mão. Cai tudo e ninguém me ajuda a catar. Todo mundo olha, com tom de reprovação, mas ninguém ajuda. Enquanto as pessoas desfilam por aí com malas de rodinha e bolsas Louis Vuitton, eu arrasto sacos plásticos negros que não aguentam nada. Sempre sabem o que levo pra cá e pra lá. Os sacos transparentes e rasgados denunciam minhas escolhas. Sou uma pessoa bacana que paga as próprias contas, visita a avó 5 vezes na semana e de vez em quando colabora com alguma ONG, mas a bagagem emocional exposta e pesada atrapalha, limita, condena. Já li Clarice Lispector, gosto de Caetano e Chico e nunca, nunca saio de casa de Crocs. De nada vale quando percebem que junto comigo há uma bagagem emocional maior que eu mesma. Não sonho com bolsas de marca ou malas de rodinha. O que eu queria, o que eu realmente queria, era alguém com quem pudesse dividir esse peso todo bem longe daqui.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Redoma de vidro

Foi por causa do seu sorriso assumido de canto. De um jeitinho sacana de quem sabe (sabe?) que nasceu para ser livre, leve, solta e filha da puta. Foi por causa desse seu ar afirmando que consegue o que e a pessoa que quiser. Mas, principalmente, pelos seus abraços apertados de quem diz que eu sou um paradoxo sentimental: seu tudo e também nada. Que eu tô aqui agora, mas não preciso estar aqui pra sempre. Que no fundo você me ama, mas, da boca pra fora, não tem sentimento nenhum por mim.

Foram as discussões baratas que me dão vontade de te matar. Ser passional ainda é crime? As briguinhas por um ciúme besta que você nunca assume. E as vezes que você discorda só porque adora me ver irritada. Foi por causa do Whatsapp, das coisas que eu joguei ao vento, e foram parar na sua cara e das noites em que eu disse para você nunca mais voltar. Mas voltei, não foi? Foi também pelos dias que você não voltou, pelas flores que você não aceitou e, além de tudo, pelas declarações silenciosas que emite em gestos, quando não grita amor, mas ama.

E foi pelo seu jeito de cuidar. De me cuidar. De perto, de longe, com os braços ao meu redor e só com os olhos. Eu nunca precisei de ninguém, mas de alguma forma eu me vi precisando do seu cuidado. E você me ganhou ali, quando viu a minha parte não-tão-segura-assim escondida por trás de paredes que aprendi a construir nas telas, talvez por falta de cor, talvez por falta de aquarela. Pena que me fiz em uma redoma de vidro que você quebrou.

Eles disseram que nunca daria certo. E foi um pouco por isso também. Porque eu sou teimosa, marrenta e quero sempre mostrar para o mundo que eu luto pelo o que eu quero. E eu lutei por você, a princesa desastrada e desencantada, que nem chegava a ser sapo, que, segundo eles, só tinha defeitos. Eu lutei por você enquanto você lutava com todas as forças para fingir que não me queria. Pra não demonstrar que, escondida, você estava ali me escolhendo também.

Foi porque você me desarmou (e me deixou te desarmar por completa). E nós ficamos desnudas e de peito aberto para o que a gente resolveu viver. Assim, contra tudo e contra todos, até contra nossos nós e nossas personalidades que não sobreviveriam no Coliseu.

Foi, principalmente, porque você não fez questão. Não gritou que me amava e, por isso, sem querer, derrubou os obstáculos. Me quebrou inteirinha para, depois, me reconstruir encaixando com você. E aí, parou de lutar e me deixou te fazer só minha.

Entendeu? Foi por isso, foi por isso que eu escolhi você.

quinta-feira, 6 de março de 2014

152 dias.

Namore alguém que deite no seu colo, de um jeito meio largado, meio descompensado, meio de quem pede ajuda porque o chefe é um mala e as coisas só dão certo porque esse alguém tem você no fim do dia. Não escolha alguém que faz tudo por você, que vive por você, que atende todos os seus caprichos. Sabe por quê? Porque uma pessoa dessa deixaria de ser dela pra ser sua, se esqueceria da vida dela pra viver a sua e, cá entre nós, você quer somar, não é? Ou quer alguém que viva por você, não com você? Por isso mesmo é que você deve namorar com alguém que traga um novo mundo pra juntar ao seu e que te mostre como os seus planetas ainda podem ser desalinhados de uma forma bonita. Namore alguém que te desperte. Da cama, do medo, dos pesadelos. Que te beije na testa com ternura e faça cafuné, mesmo sabendo que você odeia que enrolem o seu cabelo. Uma pessoa dessas que despenteiam, dessas que deixam uma bagunça gostosa no meio campo. Queira uma pessoa, uma moça, um rapaz, seja lá o seu gênero ou termo preferido, que tenha um olhar que não te atravesse. Alguém que vai olhar pra você e ver quem você é, sem construções idealizadas ou suposições construídas na fantasia. Sem olhares que atravessam e se desviam, que não encontram os seus olhos e caminham pelo seu corpo. Escolha os olhos daquela que sustenta o mundo quando te olha. Essa pessoa tem que ser forte, e talvez a força dela seja essa de te ajudar a dividir o peso do mundo nas costas, de te ligar no almoço pra dizer que te ama e que nunca se esqueceu de ti. Queira uma pessoa que vá se emocionar quando vê-la entrando no cartório, na igreja, ou naquela casa de campo que você imagina o casamento. E que se emocione com você de pijama acordando. Que te ache linda independente do seu manequim e que se orgulhe de você pelas suas conquistas do dia a dia, até aquelas pequenininhas como conseguir passar do primeiro dia da dieta. Namore com alguém que vá rir de você quando você fizer um escândalo por ter quebrado batido o dedo na quina do móvel ou por ter furado o dedo pregando um quadro na parede. Ela tem que ser do tipo que sabe que você não precisa dela, e por isso mesmo que fica. Fica e vai ficando, vai se alojando no sofá, vai deixando a escova de dentes e quando você for ver, ela vai ter aprendido alguma receita no Google pra tentar te impressionar. Valorize esse alguém pelo esforço dela, não só pelo resultado final. Você vai perceber que um alguém que se esforça pra te ver feliz é uma pessoa que vale mais do que qualquer Encantado ou princesa que a Disney tentou te vender como biotipo perfeito. Desconfie de uma pessoa sem defeitos. E aprenda: tipos perfeitos como os dos livros infantis não existem. O que existe são pessoas que, ao seu modo, conquistam você e fazem pender a balança pro lado das qualidades, enquanto você aprende a lidar com os defeitos. Deseje um pessoa que seja louca. Não por você, mas pela vida. Gente louca pela vida gosta de explorar o mundo, a cidade, a rua de cima, o novo restaurante japonês da Liberdade e tudo mais. Gente que é louca pela vida entende bem de liberdade, companheirismo, amizade e todos esses sentimentos que só quem gosta de viver entende. Além disso, te garanto que gente assim tem um ótimo papo. Daqueles que não contam vantagem e ainda desenham na sua cabeça as cenas todas que alguém com muita paixão já viveu. Daqueles que fazem você se apaixonar sempre que falam da forma com que o mundo deles mudou desde que você chegou. Por fim, mas não menos importante, namore com um alguém que te ame em detalhes. Nos cartões das flores, na careta da selfie, na camisa cafona que a sua mãe deu de presente, na vez em que ela percebeu que você tinha cortado o cabelo antes de você falar, nos pedidos de comida às duas da madrugada quando ela percebe que você tá morrendo de fome e que tá pouco se fudendo pra dieta, no anti-alérgico que ele carrega na carteira caso você precise. Namore alguém com quem te faça sentir que esse texto é pouco pra falar dela e te faça vontade de continuar a escrevê-lo, mesmo que você não seja lá muito boa com palavras, mesmo que você só saiba definir o que sente por ela como amor.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Por isso que eu gosto de você, menina.

Ei, menina! É que eu queria te dizer que gosto de você. Que gosto de sentir frio e saber que você é segunda, terceira e minhas outras tantas peles. Eu gosto de te ter por perto. Gosto de sentir teu cheiro quando sai do banho. Mesmo tendo aquela mistura toda de aromas, pra mim, é o teu cheiro que prevalece. E sentir aquela fragrância que é só tua me aquieta o coração e me traz um sossego que é de alma.

E eu gosto de te sentir nos poros todos, impregnado sob a minha pele.

Eu gosto do jeito que você tenta tirar a minha atenção quando paro tudo pra te olhar. Você precisa entender que te olho pra te decorar e te aprender, você precisa saber que te fotografo com meus olhos e isso não se nega a ninguém. Gosto do teu meio sorriso. Ele tem um ar de mistério, de algo que não estaria ao alcance do meu entendimento.

Apesar de você achar que não, eu consigo te ler.

Acho incrível tua habilidade de premeditar cada detalhe de um momento. Ainda não consigo entender a tua facilidade com os meus zíperes. Posso passar horas tentando fazer com que eles subam (ou desçam), mas eles parecem render-se ao teu toque, aos teus dedos e eu já fecho os olhos. Tenho que dizer como amo quando você me beija de surpresa. Me dá um frio gostoso na barriga que desacelera o mundo, aguça meus sentidos e desordena minhas pernas. Gosto de como você me faz perder o fôlego. Toca aqui e me sente ritmando contigo, sente? Sem perceber você faz com que meu fôlego fuja sem se preocupar com o caminho de volta. É assim que ele se perde de mim. Quando você me sorri eu já não tô nem aqui, mas me procura em Marte ou em você e me acha, acha e me traz pra mais perto.

Menina, você consegue perceber que eu me moldei a você? Eu me moldei aos teus gostos, aos teus beijos e carícias, mas principalmente ao teu tempo e ao teu espaço.  Essa inconstância que me corrói por dentro é a mesma que me desperta o anseio de ficar, me adaptar e te sentir em mim mais uma vez.

Ei, menina. Eu gosto de estar ai. De fechar os olhos, ouvir a música, sentir a luz que me acalma. E enquanto eu tô aí esperando a conclusão dos teus rituais, fecho os olhos e sinto que é teu cheiro se aproximando. Te farejo com os olhos. E eu vou cegando, todos os outros sentidos se aguçam e eu vou gostando ainda mais de estar e poder ficar ai.

Eu queria te dizer tudo isso, mas não consigo e nem mesmo sei explicar o motivo. Ao invés disso, te olho. Deixa eu continuar te olhando, te cheirando, te mordendo e admirando. É meu jeito de dizer que te gosto. Te leio e já me encaixo. Me moldo e me encaixo. Te leio e me adapto. Gosto desse suspense, da corrida e do alvo, que é você.


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Desafios e amores de cinema

Uma coisa que eu detesto é ter que ler críticas de filme. São raras as vezes em que eu concordo com algum ponto de vista ou opinião emitida por críticos. Às vezes me parece que eles são os que menos entendem de cinema. Por isso sempre dou voz as pessoas que vão no cinema em geral para saber se vale a pena ver alguma coisa. E foi dessa maneira – ouvindo comentários e vendo o maravilhoso teaser – que fui levada ao sofá para assistir ao nacional ” O Homem do Futuro”. O necessário aqui é saber que o filme fala sobre a possibilidade de se recuperar o grande amor do personagem. Saí com um sentimento de reflexão que aproveito pra dar gancho a uma tese: não importa o quanto a gente queira alterar o passado, algumas coisas foram feitas pra dar errado e são necessárias para aprendermos a superar. Os relacionamentos são centrados em necessidades e desejos diferentes. Ao contrário do que todo mundo pensa, eu não acredito que todo relacionamento tenha que ser bom como um mar de rosas. Isso é o que queremos. Mas passei a entender que algumas situações são feitas pra que a gente sofra. Isso é uma necessidade. Mesmo que nos leve a rumos perturbadores ou que não convenham às nossas vontades. Alguns relacionamentos não foram feitos nem para serem superados. Foram feitos pra serem deixados de lado. Que atire a primeira pedra quem nunca teve de abrir mão de algum grande amor por causas e necessidades naturais? E quem nunca quis voltar no passado e mudar isso? Eu mesma teria mudado um sem número de ocasiões. Não queria cair naquele clichê de dizer que sofrer é necessário. Nem que sofrer é bom. Nem dizer que é preciso superar alguns amores perdidos. Não. Quero dizer que algumas coisas nunca vão ser superadas, que vamos sofrer muito e que talvez nunca seja possível esquecê-las. E não quero dizer que é melhor assim. Mas é um desafio. Um desafio que amores reais vivenciam. Aquele desafio real em que cada um tem que passar, sozinho, por relacionamentos bons e ruins que acabam ou são interrompidos, onde o sentimento não se acaba, mas se perde no tempo. Aquelas situações em que sofrer é evitável, mas que põe em jogo outras dezenas de situações que deixariam de acontecer caso nós optássemos por caminhos alternativos. O sofrimento é algo necessário. Mais cedo ou mais tarde, em qualquer vida que tenha se arriscado a participar desse paradoxo que se chama amor. Mas olhem pelo lado bom: só se morre de amor no cinema. Que me perdoem os românticos, os depressivos e os suicidas. Mas essa é a verdade. Ninguém morre de amor. A gente sofre, muito, mas aprende a conviver com ele nas suas infinitas formas. E acaba transformando uma delas na nossa, criando categorias complementares à nossa realidade, acreditando piamente que conseguimos vencer o tal desafio. Pois é. Escrevo um texto desconexo, sem sentido e cheio de clichês. Mas vai, admite. No fundo, no fundo, você sabe que o amor é assim também. Só não sei se você o mudaria se tivesse a oportunidade.