terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

S A U D A D E.

“…porque não quero passar minha vida achando que deveria ter tentado. Quero tentar! Quero me entregar, quebrar a cara se for preciso e tentar de novo e de novo. Quero chegar na velhice, sabendo que amei. Que amei muito e espero estar com a pessoa a quem dediquei todo esse amor, e que essa pessoa seja você. Que sejamos nós aquele casal de idade que anda na rua de mãos dadas, se preocupando se o par perderá o equilíbrio em uma dessas calçadas desniveladas da cidade. Que sejamos nós, aquele casal que chora de saudade quando não está junto, porque sabe que a saudade vale a pena. Eu te amo com toda a intensidade que tenho. Te amo por inteira e vou lutar muito pra conquistar esse ‘nós’ com você…”Fico espantada com a coragem dessa menina. O texto foi publicado em um blog chamado "Cartas da Mariz" (creio que esteja extinto) e traz a data de dezoito de fevereiro de 2005, exatamente oito anos atrás. Está dedicado a NsiahT, que comenta solitariamente abaixo com um “ti amu, Maah”. Retrato fiel de uma época em que era legal intercalar letras maiúsculas e minúsculas, fazer alusão a vampiros nos nicknames, escrever errado para parecer carinhoso e ser intensa para declarar amor. Ou paixão, já que nessa época, com quatorze anos, eu não fazia a menor ideia do que era o amor.Mesmo assim, fico espantada com a menina que eu fui. Encontrei esse “Drácula” no máximo três vezes antes de escrever essa declaração e já achava ter conhecido o ápice de amor da minha vida. Depois, vieram muitos outros, até que depois de outras declarações intensas como essa, percebi que não conseguiria tentar, cair e levantar sempre. Que dói demais.Sinto inveja da menina que escreveu esse texto.Sinto saudade da pessoa que eu fui.

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